Bom Marketing, Boa mesa.

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Em Portugal o ditado é “Comer até adoecer, jejuar até sarar”, os antigos estavam mesmo certos, em tudo, até na escolha do melhor vinho. Perco-me no Douro e não sei o que pedir no Alentejo, são todos umas “boas pomadas”, como diria o meu avô.

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Os antigos dizem (por antigos quero dizer, os sábios, os mais velhos, os contadores de histórias) “É manhã de Portugal: comer bem, beber bem e dizer mal”. Como havia dito, os sábios, unem o comer, o beber e o conversar, que em bom português é falar mal de algo ou de alguém (é cultural, não nos levam a mal).

A questão aqui é, como vou saber que ali se come bem? Em nenhum momento aquele respeitável senhor de terna idade, que conhece tascos e tasquinhos me disse ou fez uma avaliação nas aplicações e sites, todos modernos (alguns são pensados para o século XXII).

“Vamos indo e vamos vendo”, entre gorduras, mesas com e sem toalha, talheres em madeira ou com desenhos em forma de bordado. Quanto aos guardanapos, não interessa se são de papel ou em linho, o importante é ver o meu reflexo no copo e sentir que estou em segurança. Escolho aquilo que vou beber, bons vinhos portugueses, maduro tinto ou verde branco (“bem fresco, por favor!”). Porque “A mulher conhece-se pelo comer, …” admito que gosto de sentir o cheiro do pão quente mergulhado em azeite, de Vila Flor. Dispenso azeitonas (às vezes acho que não sou uma boa portuguesa), mas gosto quando a mesa se torna num jogo de tetris: moelas, rojões, bolinhos de bacalhau, pataniscas, pimentos padrón, cebola mergulhada naquele azeite que vos falei, ovos rotos e pão de alho (as modernices também são boas e aconselham-se).

Numa boa carta portuguesa não interessa se já comemos de tudo nas entradas, o prato principal é indispensável. A nossa gastronomia tem de tudo um pouco, o tradicional é o bacalhau (é bom, qualquer que seja a receita e mesmo que às vezes passe o ponto), os assados são de verter lágrimas, pensem num forno a lenha, bem quente, uma pingadeira (na vossa terra é assadeira) cheia de batatas e uma boa carne (na Mealhada leitão, cá no norte, um cabrito). Temos bifanas, sardinhas, tripas, cozidos, francesinha, alheira (nascemos com o dom dos enchidos), caldeiradas e sopas (talvez seja melhor não as enumerar, pensem só no caldo verde e ficamos por aqui, ninguém quer almoçar às 10h da manhã).

“Ainda cabe um docinho?”, a pergunta que todos fazem, mesmo já sabendo a resposta “o que há?” (nunca, em nenhum momento, dizemos não de imediato). A última facada começa quando me enumeram as sobremesas: “pudim de ovos, doce da casa, serradura, natas do céu, arroz doce, bolo de bolacha, leite creme, aletria, pão de ló, bolo rei e o mítico pastel de natal.” (já sei que me esqueci do teu preferido ou dos ovos moles de Aveiro, mas já vos disse que são 10h?) .

Em Portugal o ditado é “Comer até adoecer, jejuar até sarar”, os antigos estavam mesmo certos, em tudo, até na escolha do melhor vinho. Perco-me no Douro e não sei o que pedir no Alentejo, são todos umas “boas pomadas”, como diria o meu avô.

Depois de uma experiência dessas não vou colocar 5 estrelas lá na página do restaurante, não sei onde, não sei quê? Vou!

O problema é que as tascas e tasquinhas não têm essa tal de página, ficam em ruas e ruelas que o Google desconhece (por isso é que a única referência que tive foi a do meu vizinho, que lá foi com os netos, num almoço de família).

Se não estás no Maps, não estás no mapa das novas gerações, se não tens redes sociais perdeste a ligação com os teus futuros clientes. Não precisas de mudar as paredes, as cadeiras, a decoração ou os talheres, precisas de mudar a tua imagem nos meios de comunicação. É urgente pensar na atualização, na evolução, na sociedade, no público-alvo, no futuro. O Passado viveu do boca a boca, o futuro ouve o GPS e mesmo assim vira na esquina errada. As máquinas vieram para ficar, mas nós não temos que lhes dar o nosso lugar, podemos viver juntos e criar uma ligação que beneficia os dois.

O Marketing é o futuro porque os avós do futuro serão a atual geração Z, que domina o tátil do telemóvel antes de nascer e que para ir à padaria da rua de baixo põe no telemóvel, porque pode haver trânsito. O radar mede a que velocidade vais, neste caso, tens que estar lá. O rápido e o para ontem é o lema da geração “sem paciência”.

Tens um cardápio recheado de cultura e como “à boda e batizado só vai quem é convidado”, faz amigos, partilha histórias, cria conteúdo, faz um plano de marketing, mostra o teu espaço, os teus pratos, funcionários e clientes. As interações podem ser permanentes e a fidelização eterniza-se.

Aceitamos gorjeta pelo conselho e ainda conseguimos ajudar com o novo mundo digital. 

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